Serviços prestados às famílias tiveram aumento de 0,9% em julho
O faturamento do setor de serviços voltou a cair em julho, com recuo de 0,8% em relação ao mês anterior, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje, 13 de setembro, pelo IBGE. A queda interrompeu uma sequência de três meses de taxas positivas no desempenho do setor.
O consumo de serviços por parte das famílias foi o destaque positivo de julho, com alta mensal de 0,9% (a quarta consecutiva), o que impediu uma queda mais acentuada nos serviços. “Embora o avanço do consumo por parte das famílias propiciado pelas quedas da inflação e dos juros seja favorável no curto prazo, o nível de confiança do setor ainda não permitiu a materialização dos investimentos”, afirmou Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Por conta dos resultados do setor, a CNC manteve a previsão de queda de 3,6% quanto à variação do volume de receitas dos serviços para 2017.
Desempenho do setor
A queda mensal se deveu, principalmente, ao fraco desempenho dos serviços técnicos administrativos e complementares (-2,0%) e, em especial, aos serviços técnico-profissionais (-2,2%), como engenharia, contabilidade, jurídicos, dentre outros. “Mesmo diante do recuo nos preços nessa atividade (-0,8% em julho), a queda na geração de receita evidencia a contínua carência de investimentos na economia brasileira já denotada pelos últimos dados provenientes das contas nacionais”, completa Fabio Bentes.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o volume de receitas recuou pela 28ª vez seguida nessa base comparativa (-3,2% ante julho do ano passado). Mesmo considerando a leve recuperação do período compreendido entre abril e junho, a recessão econômica dos dois últimos anos reduziu o volume mensal de receitas dos serviços a um nível semelhante ao da primeira metade de 2011.
Acesse abaixo a análise completa da Divisão Econômica da CNC.
http://cnc.org.br/sites/default/files/arquivos/nota_pms_2017_07_2.pdf
Fonte:http://cnc.org.br/noticias/economia/servicos-apresentam-queda-apos-tres-altas-consecutivas