Subway apresentou pedido de recuperação judicial na quarta-feira (13), com futuro incerto pela frente (Imagem: Wikimedia)
Na quarta-feira (13), a SouthRock Capital anunciou o pedido de recuperação judicial da Subway no Brasil, seguindo o caminho da Starbucks Brasil, com dívidas totalizando R$ 482,7 milhões. Mas o que pode acontecer com as lojas da empresa no país?
Para Max Mustrangi, especialista em reestruturação de empresas e CEO da Excellance, “Estamos falando de uma dívida brutal, uma operação inexistente que não tem como gerar caixa e praticamente não tem garantia. As chances de uma eventual falência da Southrock são muito grandes. Inclusive, também é alta a chance de as marcas e franquias serem transferidas para novos franqueados”, resume.
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De acordo com um documento assinado por Jorge Rodrigues, presidente regional da Subway no Brasil, obtido pela Itatiaia, a SouthRock não é a franqueadora master da rede de fast food no Brasil desde outubro de 2023. Assim, a recuperação judicial não deve afetar a operação das franquias.
“Nenhuma dessas entidades do grupo Southrock atua de qualquer forma na condução dos negócios da Subway no Brasil, com exceção de apenas cinco restaurantes que ainda são operados pela Southrock”, afirma Jorge no documento.
“Estamos cientes de que as notícias divulgadas pela imprensa contêm imprecisões, e nossa equipe está atuando para esclarecer os fatos junto aos principais veículos de comunicação. Embora algumas entidades do grupo Southrock ainda usem o termo ‘Subway’ em suas denominações sociais, elas não detêm mais os direitos de usar tal termo e estamos tomando medidas para que isso seja logo corrigido”, finaliza.
Subway segue caminho do Starbucks
A recuperação judicial do Starbucks foi aceita pela Justiça de São Paulo em 12 de dezembro. Anteriormente, em 31 de outubro, a companhia havia reportado dívidas que chegavam a R$ 1,8 bilhão.
O objetivo da recuperação judicial é evitar que uma empresa que apresenta dificuldades acabe falindo. Assim, ela pode suspender e renegociar parte das dívidas que foram acumuladas durante um período de tempo, evitando também possíveis demissões.
Após a aprovação do pedido, a empresa possui 60 dias para apresentar um plano de recuperação. Por 180 dias, as cobranças de dívidas são suspensas.