Perdas do varejo com a greve dos caminhoneiros chegam a R$ 3,1 bi

Crédito: jeso.carneiro on Visual Hunt (CC)

Com as perdas nos ramos de combustíveis e supermercados, CNC revisa expectativa de vendas do varejo em 2018 de +5,4% para +4,7%.

Com a greve dos caminhoneiros que provocou bloqueios em rodovias de todo o Brasil, o varejo contabiliza as perdas decorrentes da expressiva queda na circulação de carga pelas rodovias. Segundo análise da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), realizada em seis unidades da Federação, a perda nas vendas de combustíveis e lubrificantes foi estimada em R$ 1,42 bilhão, e a escassez de combustíveis que restringiu a oferta de produtos hortifrutigranjeiros no ramo de hiper, supermercados e minimercados levou esse segmento à perda de R$ 1,73 bilhão, contabilizando perdas de R$ 3,1 bilhões no faturamento, até o dia 28 de maio.

As seis unidades da Federação – SP, MG, RJ, PR, BA e DF -, avaliadas pela CNC, correspondem a mais da metade (56%) da receita dos segmentos de combustíveis e lubrificantes e de hiper e supermercados, em nível nacional. E, juntos, os ramos de combustíveis e lubrificantes e de hiper e supermercados respondem por 47% do volume anual de vendas do varejo brasileiro.

O ramo supermercadista contabilizou perda de faturamento que representa -4,6% no faturamento mensal, enquanto no segmento de combustíveis as perdas representam 12,7% do faturamento médio mensal nas regiões avaliadas.

Diante de perdas intensas percebidas pelos dois mais relevantes ramos do varejo, a CNC revisou sua expectativa do volume de vendas do varejo em 2018 de +5,4% para +4,7%.

Perda dos segmentos nos estados e no DF

Nos estados onde os estoques de combustíveis atingiram níveis críticos no último final de semana, as perdas dos dois segmentos (combustíveis e lubrificantes / hiper e supermercados) totalizaram: R$ 1,6 bilhão em São Paulo, R$ 418,4 milhões em Minas Gerais, R$ 374,1 milhões no Rio de Janeiro, R$ 328,3 milhões no Paraná, R$ 355,4 milhões na Bahia e R$ 92,5 milhões no Distrito Federal.

Além do comportamento mensal do faturamento nominal do varejo, o levantamento da CNC levou em consideração o monitoramento diário dos estoques de combustíveis nos cinco estados e no Distrito, realizado pela Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis).

Confira abaixo a nota completa e os gráficos da Divisão econômica da CNC.

 

http://cnc.org.br/sites/default/files/arquivos/impacto_greve_varejo_cnc.pdf

http://cnc.org.br/noticias/economia/perdas-do-varejo-com-greve-dos-caminhoneiros-chegam-r-31-bi

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