Autoavaliação em franquias: para extrair o melhor do processo, é preciso tecnologia, responsabilidade e transparência

A autoavaliação permite que os franqueados entendam e atendam às diretrizes e expectativas da marca

Ao longo da pandemia, nos meses em que as restrições em função do distanciamento social eram mais severas, as redes de franquias se viram diante de um problema operacional: como continuar realizando as costumeiras auditorias e inspeções de qualidade? O monitoramento constante é uma prática fundamental no franchising: o cliente de uma marca de franquias, afinal, precisa encontrar o mesmo padrão de qualidade em todas as unidades da rede. Justamente por isso, vejo a padronização como uma das métricas fundamentais para avaliar o bom desempenho de um franqueado; e as auditorias em campo existem para garantir essa padronização.

Com consultores impossibilitados de viajar e realizar presencialmente as inspeções, foi necessário se adaptar – e, como em tantos outros setores impactados pela crise sanitária, essa adaptação contou com a ajuda da tecnologia: o monitoramento

passou a ser feito online, com os franqueados se responsabilizando pelas próprias avaliações.

Na nossa plataforma, disponibilizamos o módulo de autochecklist, que permite exatamente isso: o franqueador disponibiliza uma lista de itens a serem verificados em cada unidade e determina uma periodicidade para as respostas. Os franqueados preenchem as listas de acordo com a realidade de suas unidades, informando todos os pontos de atenção para manutenção da padronização e qualidade da rede; e enviando fotos e documentos para comprovar os dados inseridos. Se o franqueado preenche o formulário em desconformidade com os padrões da rede, o franqueador pode criar planos de ação para melhoria, com prazos determinados.

Mesmo com a flexibilização das regras impostas pela pandemia, o autochecklist se mantém como um recurso bastante utilizado, e não é à toa: a prática simplifica um processo que costumava exigir muito investimento de tempo e dinheiro por parte do franqueador. Tradicionalmente, as auditorias sempre foram limitadas pelos recursos das redes: uma pesquisa levantou que, nos Estados Unidos, por exemplo, 72% dos franqueados não acham que os consultores investem tempo suficiente nas inspeções para que os resultados sejam precisos e justos – e muitos deles chegam a se incomodar com o monitoramento, que consideram mais punitivo do que útil ou solidário. A autoavaliação dá mais autonomia às unidades e reduz o atrito entre franqueados e franqueadores.

O suporte tecnológico, porém, não é o único requisito no caminho de criar práticas de auditoria mais produtivas e construtivas: é preciso ter maturidade de ambas as partes, e construir um processo transparente, com regras, expectativas e objetivos claros – assim, os franqueados podem visualizar a real necessidade das inspeções, e entender como elas podem contribuir para o crescimento do seu negócio. Além disso, ao avaliar e comunicar os resultados do monitoramento, a rede não deve se concentrar nos erros, e sim nas oportunidades, fazendo perguntas orientadas a apoiar metas estratégicas, e ajudando as unidades a impulsionar seu desempenho.

A autoavaliação permite que os franqueados entendam e atendam às diretrizes e expectativas da marca: combinada com uma análise assertiva e a orientação correta, essa prática é uma maneira eficaz de aprimorar continuamente as operações das unidades, melhorando, coletivamente, o desempenho de toda a rede de franquias.

Fonte:

https://economiasc.com/2022/10/11/autoavaliacao-em-franquias-para-extrair-o-melh or-do-processo-e-preciso-tecnologia-responsabilidade-e-transparencia/

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