Com recursos de R$ 300 bi, iniciativa do governo federal promete impulsionar a neoindustrialização e a transição ecológica no país
247 – A Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) celebrou o lançamento do Plano Nova Indústria Brasil, iniciativa do governo federal que visa reposicionar o país nos trilhos da reindustrialização e promover a transição ecológica. A ABDE destaca a pertinência dessa nova política industrial, alinhada com práticas internacionais e capaz de responder aos desafios econômicos, sociais e ambientais enfrentados pelo Brasil.
O presidente da ABDE e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Celso Pansera, avalia que o governo acertou ao investir no potencial do Brasil como produtor de conhecimento e tecnologias. Ele ressalta que as seis missões do Plano Nova Indústria Brasil estão alinhadas com as estratégias adotadas por países como Estados Unidos, Alemanha, França e China ao longo dos anos.
As missões abrangem temas cruciais, como segurança alimentar e energética, acesso à saúde, infraestrutura urbana, tecnologia da informação, bioeconomia e defesa. “O governo acerta em apostar no potencial do Brasil como produtor de conhecimento e tecnologias e ao seguir aquilo que países como Estados Unidos, Alemanha, França e China praticam amplamente há anos”, destaca Pansera.
A ABDE, representando o Sistema Nacional de Fomento (SNF), que é o principal credor dos municípios brasileiros, revela que mais de R$ 74 bilhões foram financiados na última década, representando 98,8% do total de recursos direcionados aos municípios. Até 2026, BNDES, Finep e Embrapii planejam aportar cerca de R$ 300 bilhões, distribuídos em R$ 271 bilhões em financiamentos, R$ 21 bilhões em créditos não reembolsáveis e R$ 8 bilhões em equity. O Sebrae liderará um programa de transformação digital para micro e pequenas empresas (MPEs) em todo o território nacional, com investimentos previstos de R$ 2 bilhões.
“A centralidade do SNF para a retomada da indústria brasileira já havia se provado em 2023, com o aumento expressivo dos recursos do BNDES para a indústria e dos desembolsos da Finep para a pesquisa, desenvolvimento e inovação, que atingiram, neste último caso, o recorde histórico de R$ 4,5 bilhões”, destaca Pansera.
No âmbito do financiamento à exportação de bens e serviços industriais, as instituições financeiras de desenvolvimento (IFDs) ganham destaque, sendo responsáveis por cerca de 90% das operações de crédito. O BNDES, principal financiador, destinou mais de US$ 106 bilhões às exportações entre 2010 e 2021, através da linha BNDES-Exim.
O Sistema Nacional de Fomento (SNF) se destaca como uma rede de mais de 30 instituições financeiras públicas e privadas, atuando em níveis regional e nacional, com a missão de promover o desenvolvimento brasileiro por meio do financiamento a setores estratégicos. A rede congrega bancos públicos e de desenvolvimento federais e estaduais, agências de fomento, bancos cooperativos, Finep e Sebrae. Seu objetivo é viabilizar projetos, financiar atividades produtivas e descentralizar a regionalidade, executando diversas políticas públicas.
Por: Brasil 247